EFE
Washington, 2 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta terça-feira a “prisão” de Huma Abedin, uma assessora da ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, e sugeriu que o Departamento de Justiça também deveria “agir” contra James Comey, o ex-diretor do FBI ao que ele demitiu em maio do ano passado.
“A principal assessora da corrupta Hillary Clinton, Huma Abedin, foi acusada de ignorar protocolos básicos de segurança”, escreveu Trump em sua conta no Twitter.
“Pôs senhas confidenciais nas mãos de agentes estrangeiros. Lembram as imagens do marinheiro em um submarino? Prisão! O Departamento de Justiça do Estado ‘profundo’ deverá agir finalmente? Também contra Comey e outros”, acrescentou.
Com esse confuso tweet, Trump parecia estar referindo-se a um relatório publicado no jornal conservador “The Daily Caller”, segundo o qual, quando Hillary era secretária de Estado (2009-2013), sua assessora Abedin reenviou e-mails do Departamento de Estado à sua conta pessoal de e-mail no Yahoo.
De acordo com essa informação, esses e-mails incluíam senhas para acessar alguns sistemas do governo, e Abedin os reenviou pouco antes de um problema de segurança no Yahoo que afetou todas as contas dos seus clientes.
Trump o comparou com o caso de um ex-marinheiro da Marinha americana, Kristian Saucier, que foi brevemente encarcerado por ter tirado fotos dentro de um submarino nuclear em 2009.
O governante aproveitou para recordar sua tensão com Comey, a quem despediu abruptamente em maio usando como justificativa sua suposta má gestão da investigação do FBI sobre o uso do e-mail por Hillary durante seu período como secretária de Estado.
No entanto, são muitos os congressistas e analistas que suspeitam que, na realidade, Trump queria afastar Comey da investigação do FBI sobre a suposta influência da Rússia nas eleições de 2016 para beneficiar à campanha do agora presidente. EFE